Este caso se refere à “tomada” da residência do Embaixador do Japão no Peru, por membros do Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA), realizada em 17 de dezembro de 1996. Nesse mesmo dia, declarou-se o estado de emergência. O então Presidente da República, Alberto Fujimori Fujimori, convocou uma reunião de emergência e designou pessoas a cargo do processo de negociação com os membros do MRTA, e paralelamente ordenou a elaboração de um plano de resgate dos reféns que integrasse as Forças Armadas e o Serviço de Inteligência Nacional. Entre 17 de dezembro de 1996 e janeiro de 1997, os emerretistas liberaram a maioria dos reféns, ficando na residência 72 pessoas.

Em 22 de abril de 1997, realizou-se a operação de resgate denominada “Nipón 96”, conhecida mais tarde como “Chavín de Huántar”. A operação de resgate conseguiu a liberação dos reféns. Perdeu a vida o refém e então magistrado Carlos Ernesto Giusti Acuña. Também perderam a vida os comandos, Tenente EP Raúl Gustavo Jiménez Chávez e Tenente Coronel EP Juan Alfonso Valer Sandoval, e os quatorze membros do MRTA. Ademais, resultaram vários feridos entre reféns e funcionários estatais.

A Corte IDH analisou as obrigações do Estado de garantir e respeitar o direito à vida, em relação com as obrigações que surgem acerca do uso da força no marco de operações de resgate de reféns. Ademais, analisou a obrigação do Estado de investigar de maneira diligente, e no marco de processos penais ordinários.