O caso se refere ao sequestro, tortura e execução extrajudicial de Saúl Isaac Cantoral Huamaní e de Consuelo Trinidad García Santa Cruz, ambos líderes sindicais vinculados à atividade mineira.

A Corte IDH considerou que, durante a década de 80 e até finais de 2000, Peru viveu um conflito entre grupos armados e agentes das forças policiais e militares. Este conflito se agravou com a prática sistemática de violações de direitos humanos, entre as quais execuções extrajudiciais e desaparecimentos forçados de pessoas suspeitas de pertencer a grupos políticos opositores. Tais práticas foram realizadas por agentes estatais e ordenadas por chefes militares e policiais.

A Corte IDH evidenciou a repressão exercida sobre líderes sindicais e determinou a obrigação estatal de investigar com a devida diligência e de forma efetiva esse tipo de crimes, pois os mesmos têm um efeito intimidador de impunidade que impede o livre exercício dos direitos sindicais.