O caso se refere ao desaparecimento forçado de Rosendo Radilla Pacheco, após a sua detenção por efetivos do Exército em agosto de 1974. A vítima participava em atividades políticas e sociais relacionadas com grupos de cafeicultores e camponeses da zona de Guerrero. A Corte IDH inseriu os fatos no contexto conhecido como “Guerra Sucia de los 70”, período em que ocorreram numerosos desaparecimentos forçados de pessoas.

A Corte IDH aplicou parâmetros sobre o desaparecimento forçado como violação múltipla de direitos humanos e sobre a obrigação de devida diligência na investigação judicial. Nessa medida, a Corte IDH estabeleceu limites à “verdade histórica” documentada em relatórios e recomendações, considerando que a mesma não substitui o dever estatal de investigação judicial. A Corte IDH determinou ainda parâmetros sobre a competencia do foro militar para conhecer casos de violações de direitos humanos.